PRIMEIRO EPISÓDIO: «Queeridade, Performatividade, Pluriversidade»

Para o episódio inicial desta série, convidamos Léa Meier (Suíça) e EXPLODE! Plataforma (Brasil) – representada por Cláudio Bueno e João Simões. Os artistas compartilham suas práticas recentes, grandes preocupações e afinidades enquanto discutem as diferenças contextuais entre a Suíça e o Brasil. Seu encontro toca em questões de performatividade, diferença, autocuidado e liberdade.
bios
Léa Meier (1989) vive e trabalha na Suíça. Léa Meier é uma artista que explora as noções de sujeira, desejo, corpo e fracasso através da performance, têxtil, texto e desenho. Ela usa a energia sexual como fonte de criatividade, a fim de criar espaços e atmosferas propícias a discursos íntimos, feministas e políticos. Ela fez seu Bacharelado em Belas Artes na Universidade das Artes em Berna (2012) e seu Mestrado em Belas Artes em Práticas Artísticas Contemporâneas na Universidade das Artes em Genebra (2015). Nos últimos anos, ela criou várias apresentações na Suíça; Les Mauvais Jours Finiront! (Les Urbaines Festival, Theater Arsenic), Lipstick Big Enough (Les Urbaines Festival), Ma maison est une maison sale (Theater Arsenic). Em 2018, sua primeira exposição individual foi apresentada em Riverside, um espaço de arte independente na Suíça. Léa também foi convidada a participar das residências Watch and Talk durante os festivais de teatro far° e Programme Commun (2016), residência artística Arc (2017) e FAAP em São Paulo (2018).
EXPLODE! é uma plataforma que atua nos campos da arte e da cultura, abordando também a pedagogia e a justiça social. Ela fomenta e desenvolve pesquisas e experimentações em torno de práticas que discutem o corpo e suas interseções de classe, raça, gênero, sexualidade e suas possibilidades não-normativas. Liderada por artistas, pesquisadores e curadores Cláudio Bueno e João Simões, está organizada em meio a uma rede nacional e internacional de colaboradores. Organiza apresentações e encontros imersivos em diferentes espaços e formatos que enfatizam a convivência, a escuta, o debate e a experimentação. Procura ampliar o sentido da prática artística, da cultura, dos espaços de aprendizagem e, consequentemente, de como poderemos imaginar outras formas de vida menos violentas, mais livres e mais diversas. http://explode.life
Cláudio Bueno (1983, São Paulo, SP) é um artista, pesquisador e curador. Ele participa de exposições nacionais e internacionais, residências e prêmios. Ele tem falado em universidades e espaços culturais como: Whitechapel Gallery (Reino Unido), Humboldt-Universität (Alemanha), CUNY (EUA), University of Cape Town (África do Sul), FAAP (Brasil), entre outros. É doutor em Artes Visuais pela ECA-USP. Integra O Grupo Inteiro, dedicado à prática artística, com o qual participou de exposições no MAM-SP; MASP; Sesc SP; 33ª Bienal de Artes de São Paulo – em colaboração com o artista Jorge Menna Barreto; far°/Pro Helvetia (Suíça); Casa do Povo; entre outros. Junto com Tainá Azeredo ele realiza a Interval-School, que pesquisa e experimenta maneiras de aprender com o campo da arte. com João Simões, ele desenvolve, o Explode! Plataforma, que pesquisa e promove práticas artísticas e culturais com ênfase nos cruzamentos de classe social, raça, gênero e sexualidade. Parte de sua pesquisa atual se concentra em infraestruturas tecnológicas globais e suas formas de operar ao lado da dinâmica da vida e da terra. Mais informações em: http://buenozdiaz.net
João Simões (1979, Rio de Janeiro, RJ) é um artista, curador, pesquisador e educador. Ele desenvolve, com Cláudio Bueno, a plataforma Explode! que pesquisa e promove práticas artísticas e culturais com ênfase nas interseções de classe social, raça, gênero e sexualidade. Ele é membro do Grupo de Pesquisa de Extremidades/PUC-SP. Participou de curadorias, discursos públicos e apresentações em diversas instituições culturais como CUNY, Sesc-SP, CCBB-SP, Paço das Artes, MASP, PUC-SP, entre outras. Apresentou a performance Vera Verão, em colaboração com a artista Aretha Sadick na exposição “Agora somos todxs negrxs?” na Videobrasil (2017), e Arte Veículo no Sesc Pompeia (2018) e Sesc Santos (2019). Em 2019, ele foi mentor do ICA-Capetown Live Arts Workshop, através do programa COINCIDENCIA da Pro Helvetia. Atualmente ele faz parte do programa de residência “Quão livres são as artes?” do Goethe-Institut, entre o Brasil e a Nigéria.