Artes visuais

Artista que pesquisa o construtivismo e o concretismo, João Modé baseia sua residência na participação de Max Bill [CH] durante a primeira Bienal de São Paulo, em 1951, com a obra «Unidade Tripartite», peça fundamental para abrir caminhos ao concretismo na arte brasileira. A partir deste fato histórico, ele pretende pesquisar de forma aberta o movimento da arte geométrica na Suíça e na Europa, não apenas no campo das artes visuais, mas também na arquitetura e no design gráfico, e comparar essas formas ao estado de distopia contemporâneo. Esse projeto, intitulado «HORIZON_T_E», é uma extensão da pesquisa que Modé realiza desde 2013, quando iniciou um grupo de trabalhos chamado «Construtivo [Paninhos]», utilizando panos de cozinha, cachecóis e lençóis de sua casa. Essas peças são uma espécie de homenagem à tradição abstrato-geométrica da arte brasileira.

João Modé [BR] é um artista visual que vive e trabalha no Rio de Janeiro. Sua obra é articulada por uma noção plural de linguagens e espaços de ação. Ele é formado em Arquitetura e Design Gráfico, com mestrado em Linguagens Visuais pela UFRJ. Foi membro fundador do grupo Visorama, que organizou debates sobre temas relacionados à arte contemporânea entre o final dos anos 1980 e durante a década de 1990. Participou da 28ª Bienal de São Paulo (2008), das 7ª e 10ª Bienais do Mercosul (2009/2015) e da Trienal de Aichi, Nagoya, Japão (2016). Desenvolveu projetos com Capacete Entretenimentos (Rio), Le Centre du Monde (Bruxelas), Casa Très Patios (Medellín), Watermill Center (NY), Fundação Rockefeller, Bellagio, Itália e Fundação Camargo, Cassis, França, entre outros.