Our Offices & Partners Abroad

For detailed information please click on the offices and cultural centres below. For further information on the headquarters in Zurich please go to: www.prohelvetia.ch

«Conversas Diversas»

Mais informações

CRÉDITOS:
CONVERSAS DIVERSAS é apresentado por COINCIDÊNCIA – Intercâmbios culturais Suiça-América do Sul, um programa do Conselho Suiço para as artes Pro Helvetia.
Dirigido por Florian Kunert & Ian Purnell
Produzido por Catarina Duncan
Editado por Florian Kunert & Ian Purnell
Identidade Visual por ps.2 arquitetura+design
Conceito por COINCIDENCIA – Intercâmbios culturais – Suiça-América do Sul
Coordenado por Tobias Brenk & María Angélica Vial

Até o final do programa, o COINCIDÊNCIA apresenta sete diálogos: performers falam com artistas visuais, arte sonora se encontra com o Queer, Sao Paulo se fundo a Lausanne – tudo online, editado, caseiro e pixelado – 7 x 10 minutos que demonstram uma troca imensa.

Conversas Diversas é uma série de conversas online que estabelece relação entre artistas, coletivos e plataformar que colaboraram com o COINCIDÊNCIA – Intercâmbios culturais Suiça-América do Sul durante os três anos do programa na região (2017 – 2020).   

As colaborações internacionais suscitam uma série de preocupações, de diferenças entre os contextos e de abismos. O objetivo deste projeto é disseminar idéias e desenvolver conversas sobre vários tópicos que têm sido de grande importância para o programa. Conversas Diversas é um projeto que estimula o diálogo para que os artistas possam compartilhar suas práticas e experiências, com um grande senso de comunidade e escuta como aspectos essenciais do intercâmbio. É uma experiência que mantém a porta aberta para compartilhar perguntas e construir conexões.

«Queeridade, Performatividade, Pluriversidade»

Para o episódio inicial desta série, convidamos Léa Meier (Suíça) e EXPLODE! Plataforma (Brasil) – representada por Cláudio Bueno e João Simões. Os artistas compartilham suas práticas recentes, grandes preocupações e afinidades enquanto discutem as diferenças contextuais entre a Suíça e o Brasil. Seu encontro toca em questões de performatividade, diferença, autocuidado e liberdade.

bios

Léa Meier (1989) vive e trabalha na Suíça. Léa Meier é uma artista que explora as noções de sujeira, desejo, corpo e fracasso através da performance, têxtil, texto e desenho. Ela usa a energia sexual como fonte de criatividade, a fim de criar espaços e atmosferas propícias a discursos íntimos, feministas e políticos. Ela fez seu Bacharelado em Belas Artes na Universidade das Artes em Berna (2012) e seu Mestrado em Belas Artes em Práticas Artísticas Contemporâneas na Universidade das Artes em Genebra (2015). Nos últimos anos, ela criou várias apresentações na Suíça; Les Mauvais Jours Finiront! (Les Urbaines Festival, Theater Arsenic), Lipstick Big Enough (Les Urbaines Festival), Ma maison est une maison sale (Theater Arsenic). Em 2018, sua primeira exposição individual foi apresentada em Riverside, um espaço de arte independente na Suíça. Léa também foi convidada a participar das residências Watch and Talk durante os festivais de teatro far° e Programme Commun (2016), residência artística Arc (2017) e FAAP em São Paulo (2018).

EXPLODE! é uma plataforma que atua nos campos da arte e da cultura, abordando também a pedagogia e a justiça social. Ela fomenta e desenvolve pesquisas e experimentações em torno de práticas que discutem o corpo e suas interseções de classe, raça, gênero, sexualidade e suas possibilidades não-normativas. Liderada por artistas, pesquisadores e curadores Cláudio Bueno e João Simões, está organizada em meio a uma rede nacional e internacional de colaboradores. Organiza apresentações e encontros imersivos em diferentes espaços e formatos que enfatizam a convivência, a escuta, o debate e a experimentação. Procura ampliar o sentido da prática artística, da cultura, dos espaços de aprendizagem e, consequentemente, de como poderemos imaginar outras formas de vida menos violentas, mais livres e mais diversas. http://explode.life

Cláudio Bueno (1983, São Paulo, SP) é um artista, pesquisador e curador. Ele participa de exposições nacionais e internacionais, residências e prêmios. Ele tem falado em universidades e espaços culturais como: Whitechapel Gallery (Reino Unido), Humboldt-Universität (Alemanha), CUNY (EUA), University of Cape Town (África do Sul), FAAP (Brasil), entre outros. É doutor em Artes Visuais pela ECA-USP. Integra O Grupo Inteiro, dedicado à prática artística, com o qual participou de exposições no MAM-SP; MASP; Sesc SP; 33ª Bienal de Artes de São Paulo – em colaboração com o artista Jorge Menna Barreto; far°/Pro Helvetia (Suíça); Casa do Povo; entre outros. Junto com Tainá Azeredo ele realiza a Interval-School, que pesquisa e experimenta maneiras de aprender com o campo da arte. com João Simões, ele desenvolve, o Explode! Plataforma, que pesquisa e promove práticas artísticas e culturais com ênfase nos cruzamentos de classe social, raça, gênero e sexualidade. Parte de sua pesquisa atual se concentra em infraestruturas tecnológicas globais e suas formas de operar ao lado da dinâmica da vida e da terra. Mais informações em: http://buenozdiaz.net

João Simões (1979, Rio de Janeiro, RJ) é um artista, curador, pesquisador e educador. Ele desenvolve, com Cláudio Bueno, a plataforma Explode! que pesquisa e promove práticas artísticas e culturais com ênfase nas interseções de classe social, raça, gênero e sexualidade. Ele é membro do Grupo de Pesquisa de Extremidades/PUC-SP. Participou de curadorias, discursos públicos e apresentações em diversas instituições culturais como CUNY, Sesc-SP, CCBB-SP, Paço das Artes, MASP, PUC-SP, entre outras. Apresentou a performance Vera Verão, em colaboração com a artista Aretha Sadick na exposição “Agora somos todxs negrxs?” na Videobrasil (2017), e Arte Veículo no Sesc Pompeia (2018) e Sesc Santos (2019). Em 2019, ele foi mentor do ICA-Capetown Live Arts Workshop, através do programa COINCIDENCIA da Pro Helvetia. Atualmente ele faz parte do programa de residência “Quão livres são as artes?” do Goethe-Institut, entre o Brasil e a Nigéria.

«SUSTENTABILIDADE, NATUREZA E TERRITÓRIOS»

Para o segundo episódio de nossa nova série, «Conversas Diversas», convidamos Séverin Guelpa (Suiça) e Fabian Wagmister (Argentina) – colaborador do projeto «Prácticas de Periferia». Os artistem dividem suas preocupações e intereses sobre assuntos ecológicos, biocontrusção e mobilidade. Este encontro aborda também questões como sustentabilidade cartográfica, natureza e territórios no passo que os artistas compartilham tanto imagens de trabalhos passados quanto exemplos direto dos seus ateliês para exemplificar suas metodologias.

bios

Fabian Wagmister é professor associado da Escola de Teatro, Cinema e Televisão da UCLA e é o diretor fundador do Centro de Pesquisa em Engenharia, Mídia e Desempenho (REMAP). Ele criou e dirige o Centro Hipermediático Latinomericano Experimental (cheLA) em Buenos Aires, Argentina, um projeto inovador de pesquisa, experimentação e produção explorando as interseções de cultura, comunidade e tecnologia. Seu trabalho se concentra em modos tecnológicos alternativos para a criatividade interpretativa coletiva. Ele colabora com diversas comunidades para gerar sistemas de mídia reflexivos, enfatizando a especificidade cultural e locativa. Neste contexto, tecnologia e cultura convergem para uma prática social performativa de investigação e expressão. Os recentes projetos de Fabian consideram a mobilidade como um fator definidor da identidade individual e coletiva. Inspirado por uma estrutura teórica situacionista e deleuziana, ele procura desfuncionalizar o movimento em uma diversidade de ambientes urbanos e rurais e transformá-lo em uma ferramenta de pesquisa criativa e de expressão criativa. Ele combina processos extensivos de derivação com ferramentas de cartografia interpretativa para gerar trabalhos coletivos fundindo investigação, experimentação e exposição em uma experiência síncrona. Entre seus projetos relacionados estão Imageability (2006),uma instalação participativa de mapeamento cognitivo sobre a história de Los Angeles, Engage Ludicity(2009),uma experiência coletiva de desanuviamento urbano, Memoria Barrial(2012),uma instalação de cartografia de mídia navegável em uma estação de metrô de Buenos Aires e Bicicletas Blancas(2018),um situacionista derivou performance e instalação sobre a motilidade na cidade.

Séverin Guelpa é um artista e curador. Ele vive e trabalha em Genebra (1974). Séverin Guelpa está interessado nos territórios extremos dos quais se inspira, procurando revelar as forças, movimentos e energias que ali se encontram. Seu trabalho combina materiais de construção, técnicas de construção, conhecimentos vernáculos e matérias primas para traduzir os diferentes estados de um ambiente em constante mudança. Ele transforma, pesa ou move materiais em grandes instalações imersivas que muitas vezes traduzem as ligações entre a ação humana e a natureza, questionando os frágeis equilíbrios em que o mundo se encontra hoje.

Numa dialética permanente entre o campo e seu estúdio, Séverin Guelpa inscreve seu trabalho na experiência das regiões que explora ao redor do mundo e das expedições que conduz com MATZA, em contato com o território e seus habitantes. Ao confrontar climas áridos, regiões com recursos limitados ou as condições de vida das comunidades que ali vivem, ele se interessa pelo que a natureza pode nos ensinar, mas também por nossa capacidade de adaptação. A experiência destes lugares torna-se uma forma de ele abordar as questões ecológicas, econômicas ou sociais de hoje e refletir sobre as mudanças radicais que esperam nossa sociedade.

 

«SUÍÇA, FICÇÃO E (IN)STABILIDADE»

Para o terceiro episódio de «Conversas Diversas», convidamos Adina Secretan (Suíça) e Guerreiro do Divino Amor (Suíça/Brasil). Ambos artistas se relacionam com a problemática da identidade suíça, suas ficções e a (in)estabilidade decretada pelo país. Com práticas que vêm de diferentes origens, dança e vídeo, sua conversa se concentra na compreensão das relações de poder e da internacionalização em um contexto de intercâmbio..

Adina Secretan

Nascida em Genebra em 1980, Adina Secretan se formou em dança clássica, contemporânea e dramática no Conservatório de Genebra. Juntamente com um mestrado em filosofia e literatura moderna, ela continuou sua formação em dança contemporânea no Collectif du Marchepied, em Lausanne. Em 2009, ela completou seu treinamento em animação e mediação teatral na Haute Ecole de Théâtre de Suisse Romande, e em 2010, treinamento em dramaturgia e interpretação de textos. Desde 2008 ela trabalha na Suíça como coreógrafa, diretora, bailarina, assistente, dramaturga e mediadora em projetos de teatro, dança, performance e dança comunitária. Ela também foi assistente de pesquisa, publicou para revistas de filosofia, literatura ou artes cênicas e foi gerente educacional de mediação teatral (HETSR). Em 2014, ela completou o primeiro grupo de alunos do Mestrado em Artes Teatrais ministrado na Suíça francófona, especializando-se em encenação. Desde então, ela tem continuado suas pesquisas, tanto artísticas quanto ativistas, à direita da cidade e do espaço, e o impulso para o fechamento. Como resultado desta pesquisa, a peçaSQUARE foi apresentada no Festival Urbano em dezembro de 2014, e depois co-produzida em 2016 pelo Centro Arsênico de Artes Cênicas Contemporâneas, o Théâtre de l’Usine, assim como pelo centro cultural ABC. Ele também está pesquisando com os artistas Simone Truong, Eilit Marom, Anna Massoni, Elpida Orfanidou, sobre erotismo e estranhamento, cujo trabalho é produzido em 2016 no La Gessneralle, no Festival da Primavera, nos Encontros Coreográficos, no Festival Unjust. Com o escultor Florian Bach e a dramaturga Anne-Laure Sahy, ela está atualmente trabalhando em uma peça dedicada aos limites do espaço. Desde 2016, ela é uma artista associada do longínquo ° Festival des arts vivant – Nyon, onde trabalha em torno de formas não espectaculares e não representativas, associando artistas, habitantes.

Guerreiro do Divino Amor

1983, vive e trabalha no Rio de Janeiro. Guerreiro do Divino Amor é um artista suíço-brasileiro e mestre da arquitetura. Sua pesquisa explora as Superficções, forças ocultas que interferem na construção do território e da imaginação coletiva, tomando a forma de filmes, publicações e instalações. Seu trabalho foi exibido em várias exposições e festivais nacionais e internacionais, além de ter sido finalista do Grande Prêmio Vivo do Cinema Brasileiro 2009, com seu trabalho “Clube da Criança” (2008), vencedor do prêmio de melhor documentário de curta-metragem no Festival de Cinema Transgeracional de 2015 em Kiel (Alemanha), finalista da Bienal de Imagem da Moving de Genebra em 2016 e duas vezes finalista do Prêmio Artístico Suíço (paralelo ao Art Basel). O Guerreiro Divino do Amor participou de exposições na Fundação Iberê Camargo (Porto Alegre), Casa Francia-Brasil (Rio de Janeiro), Galeria Gentil Carioca (Rio de Janeiro), MAR (Rio de Janeiro) e no Centro Vilnius de Arte Contemporânea (Lituânia).

 

«COLABORAÇÕES, ÉTICA E VIOLÊNCIA SISTÊMICA»

Para o quarto episódio de «Conversas Diversas», convidamos dois coletivos, Knowbotiq (Suíça) e Mapa Teatro (Colômbia), para discutir colaborações éticas, cosmologias e violência sistêmica em torno de uma série de projetos. A peça “Many are holding: mercurybodies” de Knowbotiq foi produzida com o apoio de COINCIDENCIA no rio Atrato na Colômbia e é um processo de reconhecimento da natureza como um assunto. A peça “A Lua está na Amazônia” foi criada pelo Mapa Teatro; o coletivo transdisciplinar da Colômbia está preocupado com a construção da Etnografia e recentemente apresentou seu trabalho na 11ª Bienal de Berlim.

KNOWBOTIQ

knowbotiq (Yvonne Wilhelm, Christian Huebler) tem experimentado formas e meios de conhecimento, representações políticas e desobediência epistêmica. Em projetos recentes eles estão investigando e promulgando paisagens políticas e geografias desumanas com foco em governos algorítmicos, economias libidinosas e afetivas e violência pós-colonial. Em várias instalações, intervenções e cenários performativos sabembotiq estão explorando a estética molecular, psicotrópica e derivada. Eles expuseram nas Bienais de Veneza, Moscou, Seul, Hong Kong, Shenzhen e Roterdã, bem como no New Museum de New York, Witte de With Rotterdam, MOCA Taipei, Kunsthalle St. Gallen, e na Universidade de Nova York. Taipei, Kunsthalle St. Gallen, Wilhelm Lehmbruck Museum Duisburg, Skuc Gallery Ljubljana, NAMOC Beijing, Aarhus Kunstmuseum, Museum of Contemporary Art Helsinki, Hamburger Kunstverein, Henie Onstad Kunstsenter Oslo e Museum Ludwig em Colônia. Yvonne Wilhelm e Christian Hübler são professores do Mestrado em Belas Artes da Universidade das Artes de Zurique (ZHdK).

MAPA TEATRO

Mapa Teatro é um laboratório de artistas dedicado à criação transdisciplinar. Com sede em Bogotá desde 1986, Mapa Teatro foi fundado em Paris em 1984 por Heidi, Elizabeth e Rolf Abderhalden, artistas teatrais e visuais da Colômbia. Desde sua criação, Mapa Teatro construiu uma cartografia dentro do ambiente das Artes Vivas, um espaço propício para transgredir fronteiras -geográficas, lingüísticas, artísticas – e para encenar questões locais e globais através de várias operações de “pensamento – montagem”. É um espaço de migração, onde o mito, a história e o presente existem continuamente; esferas íntimas e públicas; linguagens artísticas (teatro, ópera, cabaré, rádio, instalações de som e vídeo, intervenções urbanas, ações e conferências performáticas); autores e períodos (Ésquilo, Müller, Shakespeare, Sarah Kane, Antonio Rodriguez, Händl Klaus); geografias e idiomas (La Noche/Nuit em francês e espanhol; West Dock em russo, A Very Old Man com enormes asas em tâmil; De Mortibus em inglês, espanhol e francês; voz, imagem e movimento (4: 48 Psycho, Simply Complicated); memória e cidade (Projeto Prometheus, Cleaning the Stables of Augias, Witness to the Ruins, Cartography in Motion); voz, música e eletrônica ao vivo (Simply Complicated, Love Story, The Magic Flute, Orpheus); simulação e realidade (Exxxtrañas Amazonas, Trans/posições); documento e ficção, poesia e política (Horace, The Holy Innocents, Speech of a Decent Man and The Untold: A Untold: A Triptych) Daí o interesse do Mapa Teatro em processos criativos e eventos “in vivo”; na tradução e transposição de escritos e partituras de palco; e na operação de edição de documentação, arquivos e ficções. Nos últimos anos, Mapa Teatro tem se concentrado particularmente na produção de eventos poético-políticos através da construção de etno-ficções e da criação efêmera de comunidades experimentais. Mapa Teatro gera processos de pesquisa e investigação artística, que são desenvolvidos em diversos ambientes e cenários de uma realidade colombiana. Eles são laboratórios de imaginação social.

«EXPERIMENTAÇÃO, COLETIVIDADE, PROVOCAÇÃO»

Para o quinto episódio de «Conversas Diversas,», convidamos Augustin Rebetez (Suíça) e Etcetera (Argentina), represetando por Federico Zukerfeld. Os artistas compartilham pequenos excertos em vídeo de instalações, peças e filmes recentes. Estes trabalhos provocam e evidenciam a problemática do contexto artístico internacional, as limitações do público e a necessidade de que a arte chegue e toque mais pessoas. O confronto é usado como uma ferramenta para entrelaçar os reinos artístico e político. Os artistas compartilham seus sonhos e desejos de discussão coletiva.

bios

Augustin Rebetez (Suíça, 1986) trabalha em vários meios, incluindo pintura, fotografia, vídeo, escultura, música, instalações e teatro. O artista suíço constrói um corpo multifacetado de trabalho que desafia a categorização. Desde 2009, ele expõe seu trabalho em todo o mundo, incluindo a Bienal de Sydney, o Rencontres d’Arles, o Musée de l’Elysée em Lausanne, o Kunstmuseum Bern, a Bienal de Fotografia Daegu, o MBAL, o Museu Tinguely em Basel ou a Bienal de Animação Independente de Shenzhen. Ele recebeu diversos prêmios, incluindo o Vevey International Photography Prize, o Swiss Art Awards, ou o Prize Fondation Latour. Em 2019 ele fez duas grandes exposições individuais em São Paulo e Milão, ao lado da curadora Adelina von Fürstenberg. Em sua vibrante exploração da arte total, colabora com muitos artistas, punks, modelos, músicos e amigos, assim como instituições como Théâtre de Vidy em Lausanne, onde criou três peças diferentes, ou a ONG Art for the World, entre outras. Em 2018, ele lançou uma série de doze curtas em stop-motion com o diretor e palhaço Martin Zimmermann, intitulada Sr. Skeleton. E em 2019, seu primeiro longa-metragem de bricolage chamado La Grande Lune. Ele publicou vários livros de arte e fotografia (RVB Books, Actes Sud) e também diferentes livros de artista. Ele faz parte da banda Gängstgäng e do coletivo musical Chruch. Muitas vezes no exterior, ele está baseado em uma pequena vila no interior da Suíça, onde usa sua grande casa como um atelier e uma residência artística aberta. Desde 2020, ele está trabalhando em um projeto específico na região de Neuchâtel.

Etcétera é um coletivo multi-disciplinar criado em Buenos Aires em 1997. É formado por artistas com formação em poesia, teatro, artes visuais e música. Seu objetivo original era aproximar a expressão artística de lugares de conflito social e transferir estes problemas para espaços de produção cultural. Estas experiências acontecem em locais de arte contemporânea como museus, galerias e centros culturais, mas também nas ruas, em festivais, durante protestos e manifestações, utilizando diferentes estratégias, incluindo intervenções públicas contextuais e efêmeras. Em 2005, junto com outros artistas e ativistas, fundaram o movimento internacional Errorist, uma organização que busca consolidar o erro como filosofia de vida. Os co-fundadores do coletivo, Loreto Garín Guzmán e Federico Zukerfeld, são responsáveis pela coordenação de todas as atividades, arquivos e outras iniciativas desde 2007.

«CONECTIVIDADE, ANCESTRALIDADE E PODER»

Para o sexto episódio de «Conversas Diversas», convidamos o Coletivo Marsha! (Brasil) e Bonaventure – Soraya Lutangu (Suíça / Congo) para um encontro onde compartilham suas experiências, práticas e preocupações. Marsha! é um coletivo trans baseado em São Paulo representado nesta conversa por Audre Verneck e A Transälien, seu título é uma homenagem à Marsha P. Johnson, e seu trabalho fortalece, informa e constrói uma estratégia de economia criativa para esta comunidade. Soraya é DJ e música, desenvolvendo sobre os usos da música como ferramenta de pesquisa e arma sônica para enfrentar estruturas opressivas de poder, através da conversa ela menciona seu último projeto “Cuidando de Deus” desenvolvido em Kampala (UG) produzido pelo Arsenic Theatre (Lausanne) em parceria com o Museu de Uganda.

BIOS

Bonaventure utiliza a música como uma ferramenta de pesquisa de identidade junto com iniciativas práticas e especulativas para conectar suas raízes africanas e européias. Com um background em design gráfico, Bonaventure desviou sua atenção utilizando tanto os espaços de clube quanto institucionais como um local primário de pesquisa e experimentação artística.

Seu primeiro single “Complexion” foi lançado na NON Worldwide em 2016, e apresenta uma remixagem do co-fundador da gravadora Chino Amobi. Nesse mesmo ano, Bonaventure se uniu à artista e escritora Hannah Black e ao designer têxtil Ebba Fransén Waldhör para criar a sempre crescente peça “Anxietina” (inicialmente encomendada pela revista DIS e pela Rádio BCR), que rapidamente ganhou o reconhecimento de grandes instituições de arte como ICA & Chisenhale Galery em Londres, MoMA PS1 em NYC, o Centre Pompidou em Paris e o Centre em Genebra.

Em 2017, Bonaventure lançou no selo PTP de Nova York seu EP de estréia “FREE LUTANGU”, seguido no ano seguinte por “MENTOR”, lançado pelo selo britânico Planet Mu. Com sede em Kampala desde novembro de 2019, ela está agora desenvolvendo uma peça de teatro/dança híbrida chamada “Taking Care of God” e produzida pelo Arsenic Theatre (Suíça) em parceria com o Museu de Uganda. em 2019, ela recebeu um “Prêmio de música suíça” pelo corpo de seu trabalho.

MARSHA! é um coletivo sociocultural composto por pessoas trans que vêm enunciando a restituição e prosperidade da VIDA transgênero, construindo ações afirmativas para a comunidade LGBT desde 2018. Neste contexto pandêmico, o coletivo realizou festivais online, os primeiros dos quais aconteceram nos dias 4 e 5 de abril, e com isso foram arrecadados 42 mil reais através de uma campanha coletiva de financiamento, com o objetivo de distribuir cestas básicas para a população LGBT, em situação de vulnerabilidade social e garantindo subsídios, para mais de 50 artistas LGBTQIA +, e a produção do festival. Até hoje, mais de 100 artistas passaram pelo MARSHA! e mais de 80 mil reais de capital foram redistribuídos entre a população LGBT.

«PERMANÊNCIA, FRONTEIRAS, ASSIMETRIAS»

Para o episódio final de «CONVERSAS DIVERSAS», convidamos Tamara Cubas (Uruguai) e o International Institute for Political Murder (IIPM) – representada por Eva-Maria Bertschy (Suíça / Alemanha) para um encontro onde compartilham suas perspectivas e experiências trabalhando fora de seus contextos locais e lidando com questões políticas. Tamara Cubas compartilha trechos de sua peça «Multitud» apresentada em Sardegna, Itália, trabalhando com um elenco praticamente composto de imigrantes africanos, e que tipo de questões isso levanta para uma coreógrafa sul-americana. Eva compartilha sua experiência no desenvolvimento de «The New Gospel» criado em parceria com Milo Rau e refugiados também no sul da Itália. Esta conversa desdobra questões que foram discutidas em quase todas as nossas conversas, colaborações éticas, integração, invisibilidades e intercâmbio.

BIOS

Eva-Maria Bertschy

(nascida em 28.01.1982, em Düdingen, Suíça) trabalha como dramaturga freelance na intersecção do teatro e do ativismo político na Alemanha, Suíça, Bélgica, Itália, R.D. Congo e Brasil. Com o diretor suíço Milo Rau / International Institute of Political Murder ela concebeu e realizou numerosas produções, projetos teatrais e documentários internacionais e intervenções políticas, entre outros “O Tribunal do Congo” (2015-2020), a “Assembléia Geral” (2017), “La Reprise”. Histoire(s) du Théâtre 1″ (2018) e “The New Gospel / The Revolt of Dignity” (2019-2020) e “Antigone in the Amazon” (2020-2021). Ela também trabalha regularmente com o diretor berlinense Ersan Mondtag, a coreógrafa congolesa Dorine Mokha e a musicista suíça Elia Rediger. Seus projetos ganharam inúmeros prêmios, foram convidados para os mais importantes festivais internacionais de teatro como o Berlin Theatertreffen, o Festival d’Avignon e o Kunstenfestivaldesarts e foram exibidos em mais de 20 países.

Tamara Cubas

Artista uruguaia que desenvolve sua produção principalmente no palco, atuando em outros suportes como performance e instalação, embora seu trabalho sempre opere sobre o corpo e as relações.

Nas práticas cênicas podemos falar de duas linhas de investigação, uma que vai fundo no corpo performático em uma busca constante pela autonomia do corpo baseada em conceitos próprios, como a Estética da Precaridade. Nesta linha, ela investiga o poder dos corpos latino-americanos dotados de memória, história e experiências particulares e sua constante busca descolonizante (Serie Canibal 2019 / Trilogía Antropofágica 2017-209 / Puto Gallo Conquistador 2016)

A segunda linha refere-se ao Outro, onde desenvolve projetos com populações e comunidades não artísticas. Neste caminho, os temas recorrentes são História, Pátria, Poder, Política, Relações Interpessoais, Heterogeneidade e Dissentimento. Actos de Amor Perdidos 2011 / Multitud 2014 / La Brisa 2016 / e os projetos atuais Trilogía del Tiempo e Sea of Silence.

Ela está interessada e explora suas próprias palavras e histórias pessoais e de outras pessoas como estratégia para contrastar e resistir à História Oficial, trabalhando para ela em colaboração com dramaturgos como Gabriel Calderón (uy) e outros escritores.