Agustina Muñoz – Residência em La Becque [CH]
Suíça — Residências
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Nos últimos anos, Agustina Muñoz [AR] tem trabalhado com linguagem, voz e discurso coletivo. Ela investiga o palco como um espaço mental onde o ausente, o “não mais” e o perdido podem existir no aqui e agora, compartilhado com e dentro dos corpos contemporâneos dos artistas e espectadores.
Isso inclui línguas indígenas perdidas, livros perdidos e fragmentos de textos que sobreviveram a várias ameaças históricas. Ela tem trabalhado com várias camadas de conhecimento e fontes que sustentam as linhas históricas e cronologias que constroem nossa experiência do presente, desde contos medievais a evangelhos religiosos, textos sobre a biologia de aves adaptados à vida nas grandes cidades e descrições de constelações do sul por viajantes europeus no século 16.
Seu projeto de residência em La Becque [CH], em 2020, abordou textos dos séculos 18 e 19 de viajantes europeus (principalmente mulheres) na América do Sul que retratam a natureza e a vida indígena, o caráter duplo do aventureiro e do colonizador, do viajante e do conquistador, e como a linguagem traz de volta uma paisagem e uma vida que não existem mais.
Agustina criou alguns vídeos durante a residência, cruzando textos com imagens de antigas pinturas e desenhos de paisagens sul-americanas dos séculos XVII e XVIII. Além disso, ela fez algumas pesquisas e escreveu os primeiros rascunhos de um possível texto, que mais tarde foi testado, durante estúdios abertos, com performers adolescentes de uma escola secundária local.
SOBRE A ARTISTA
Agustina Muñoz [AR], nativa de Buenos Aires, desenvolve seu trabalho nos campos do cinema e das artes cênicas. Tratando de noções de corporeidade, desejo, herança e memória, sua abordagem ao texto se desdobra através da escrita, da direção e de peças de teatro solo e coletivas. Premiada com vários troféus dramatúrgicos, ela teve projetos apresentados em teatros e centros de arte em Argentina, Espanha, Chile, Holanda e Cuba.