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«Experiência/Suíça» – FIBA 2023 [AR]

Argentina — Eventos

FIBA

Festival Internacional de Buenos Aires

24.Fev – 5.Mar 2023

Buenos Aires [AR]

Em sua edição 2023, o Festival Internacional de Buenos Aires – FIBA reúne um apanhado da produção cênica suíça. Trata-se de um conjunto de obras que busca não apenas mostrar a diversidade estética do panorama contemporâneo do país, mas também a multiplicidade de formatos e temas que o constitui.

Intitulado «Experiência/Suíça», esse recorte traz cinco obras. Transitando nos limites da performance, da ficção e do documental, o encenador Boris Nikitin apresenta uma releitura de «Hamlet» e o solo «Tentativa de Morrer».

Outros trabalhos traduzem linguagens diversas e reúnem colaborações com artistas de várias nacionalidades. O grupo Klara se une a nomes bolivianos e recorre a uma cidade-prisão em Santa Cruz de la Sierra [BO] para discutir questões e direito e justiça na peça site-specific «Palmasola». A Cie L’Alakran [CH] mescla o cômico e filosófico em «Makers», protagonizado por dois intérpretes espanhóis, Juan Loriente e Oscar Gómez Mata. Já «Performance Telling», do Colectivo Utópico, é um projeto argentino-suíço-brasileiro, coproduzido pelo festival, que se debruça sobre a diversidade de olhares e a compreensão do mundo.


Programação

Hamlet

Em vez de criar uma releitura da peça de Shakespeare, o diretor Boris Nikitin se apropria do material original como uma máscara, por meio da qual reflete sobre identidade, individualidade, ilusão e realidade. Misturando performance documental experimental e teatro queer-musical, o performer e músico eletrônico Julian Meding assume o papel de um Hamlet contemporâneo, rebelando-se contra a realidade. Acompanhado pelo quarteto de cordas Der Musikalische Garten (O Jardim Musical), da Basileia, o intérprete embarca num tour de force, no qual revela ao público sobre ele próprio, seu corpo e sua biografia. Vez ou outra, toma o microfone e começa a cantar electropunk bruto, canções cover, uma balada de Hollywood. Como Hamlet contra sua corte real, ele ataca o público, provoca, flerta, zombara e tenta seduzir. Trata-se mesmo de Meding, ou é do personagem de Shakespeare? Talvez dos dois ao mesmo tempo? Será tudo um jogo, ser ou não ser? No fim, é tudo uma revolta poética: bruta, combativa, antissocial, cativante.

>> 24/2, 19h. 25/2, 20h. Teatro Coliseo

Julian Meding em «Hamlet», de Boris Nikitin

Tentativa de Morrer

Neste solo cru e íntimo, Boris Nikitin assume o palco, explorando sua vulnerabilidade diante do público e combinando duas histórias pessoais. Uma trata da morte de seu pai depois de um diagnóstico de ELA (esclerose lateral amiotrófica). A doença tinha sido rápida: levou menos de um ano desde a descoberta até a morte. Logo de início, o pai levantou a ideia de se considerar um suicídio assistido ¬– na Suíça, uma forma legalizada de morrer. É uma declaração que muda tudo. Em «Tentativa de Morrer», Nikitin combina a história dessa revelação com o momento em que ele próprio se assumiu gay 20 anos antes, dando origem a um espetáculo radical e confidencial sobre o que significa se mostrar aos olhos do público, ser exposto. A peça, desse modo, reinterpreta o conceito de vulnerabilidade: ao invés de algo que em geral preferimos esconder, ela se transforma em uma habilidade, uma força que surge quando no instante em que é desvelada.

>> 26 e 27/2, 21h. El Cultural San Martín 

«Tentativa de Morrer», Boris Nikitin ©️Donata Ettlin

Boris Nikitin, nascido na Basileia e filho de imigrantes ucraniano-eslovaco-franco-judeus, é diretor de teatro, autor e curador do festival bienal It’s The Real Thing – Plataforma Documental da Basileia. Suas produções, textos e happenings têm lidado com a representação e a produção da identidade e da realidade. Eles atravessam a fronteira entre teatro de ilusão e performance, entre documentário e propaganda. As obras de Nikitin são cruas, diretas, mas sempre compostas com precisão, buscando os limites e pontos de ruptura da estética.


Makers

Em inglês antigo, a palavra “makers” se refere não apenas àqueles que fazem, mas também aos poetas. Partindo desse duplo sentido, os intérpretes Juan Loriente e Oscar Gómez Mata (este último também diretor e criador) encarnam uma dupla de clowns metafísicos, poetas do palco, que são dois, mas também são o mesmo. Mesclando o poético, o cômico e o filosófico, eles apresentam uma espécie de manual para sobreviventes que tenta fornecer soluções para o nosso trânsito pela realidade. Assim, o espetáculo da Cie L’Alakran investiga as camadas do real, a descoberta do que está escondido sob uma primeira vista, as nossas verdades com um fundo de anomalia.

>> 26/2, 18h. 27/2, 20h. Portón de Sanchez 

«Makers», Cie. L’Alakran ©️Carlota Guivernau

A Cie L’Akakran foi criada em 1997 em Genebra pelo diretor e ator espanhol Oscar Gómez Mata. O grupo trabalha com emoções, criando espetáculos cômicos, filosóficos e poéticos. O contexto político, entendido como uma atitude crítica, é inerente ao projeto artístico; questionar a relação entre o indivíduo e a comunidade, sem querer dar respostas ou congelar a palavra em uma ideologia.


Palmasola

Palmasola é uma cidade-prisão em Santa Cruz de la Sierra [BO], um assentamento de cabanas cercado por muros que foi construído no final da década de 1980. Atualmente, abriga 6.000 internos, incluindo criminosos condenados, detentos em prisão preventiva, homens e mulheres, famílias e crianças. Ali, é possível ver os extremos das diferenças sociais e econômicas. Essa população amuralhada foi praticamente deixada à própria sorte, até que, em 14 de março de 2018, uma batida policial virou o cotidiano dos prisioneiros de cabeça para baixo, com uma brutalidade sem precedentes. Neste espetáculo site-specific, o grupo Klara se defronta com questões de direito e justiça, a organização das comunidades e a percepção do mundo pelas crianças que crescem na prisão.

>> 3, 4 e 5/3, 18h30. Ex Cárcel de Caseros

«Palmasola»

Klara Theatreproduktionen (Klara Produções Teatrais) foi fundado na Basileia, em 1991, pela dupla de encenadores Christoph Frick (seu diretor atual) e Jordy Haderek. Inspirado na arte visual e na música, o grupo explora as possibilidades do meio teatral a partir de suas margens. Klara embarca em uma busca por narrativas urbanas contemporâneas e reflete sobre si mesmo como teatro – está constantemente pensando em suas possibilidades. O grupo conduz pesquisas teatrais, permite que narrativas colidam com a abstração e vice-versa.


Performance Telling

Neste protocolo parasitário, o Colectivo Utópico e artistas locais convidadxs reciclam uma obra da programação oficial do festival e transmitem um espetáculo ao público que não pôde comparecer ou que deseja descobrir versões alternativas. Cada pessoa compartilha uma performance livre da peça para construir por justaposição uma nova linguagem feita de suas diferentes singularidades. O resultado revela e recicla um conteúdo original ao mesmo tempo em que levanta questões sobre a possibilidade de uma linguagem compartilhada, de estar juntos e de uma compreensão comum do mundo.

>> Sobre «By Heart»: 25/2, 11h, e 3/3, 15h30. Centro Cultural 25 de Mayo
>> Sobre «The Big Mountain»: 28/2, 16h, e 4/3, 12h. El Galpón de Guevara 

© Coletivo Utopico
© Coletivo Utopico

Colectivo Utópico é uma microcomunidade de artistas da Argentina, da Suíça e do Brasil cujo trabalho questiona a forma como nossas comunidades são moldadas por utopias do passado e do presente. Por meio de experiências performativas, experimentam formas alternativas de estar juntos. O grupo é formado por Paula Baró [AR], Marina Quesada [AR], Rita Aquino [BR], Felipe de Assis [BR], Igor Cardellini [CH], Tomas Gonzales [CH] e Rébecca Balestra [CH].

Outros projetos

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