Jonas Van na Frestas – Trienal de Artes [BR]
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Programa contínuo, que reúne produções de artistas diversos, a trienal de artes Frestas, em Sorocaba (interior de São Paulo), traz, entre os trabalhos de sua terceira edição, uma série de Jonas Van, cearense radicado em Genebra.
Partindo de sua experiência com o projeto Radio Ânsia, uma plataforma de encontros sobre ecologia queer, o artista expande a discussão e os conceitos da transecologia (que leva perspectiva de gênero a questões ambientais).
Em uma das salas escuras da exposição, Van apresenta a instalação «Desambiguação» (2021), com vídeos – que trazem paisagens digitais e devaneios sobre o corpo e os dentes – e uma série de mandíbulas feitas com cristais. São obras que desafiam a semântica e as noções de corporeidade.
A terceira edição da Frestas vem sob o título «O Rio É uma Serpente» e tem como mote a relação entre formas de existência não hegemônicas e os caminhos que elas inventam. A mostra reúne 53 artistas, de diferentes nacionalidades, sob curadoria de Beatriz Lemos, Diane Lima e Thiago de Paula Souza.
SOBRE JONAS VAN
Jonas Van (1989, Fortaleza) é um artista e cozinheiro. Sua prática se inscreve entre a desobediência de gênero, linguagem e ecologia, utilizando som-vídeo, instalações efêmeras e texto. Seu trabalho propõe a monstruosidade como uma narrativa ficcional e profundamente íntima, uma fratura linguística e temporal numa perspectiva anticolonial. Ele atua com ações e oficinas sobre alimentação micropolítica e estruturas decoloniais em gênero e feminismo, tentando reinventar o papel da masculinidade. Ao lado da artista Valentina D’Avenia [CH], ele administra uma cozinha autônoma: Cozinha Ephêmera, em São Paulo. Atualmente, Jonas vive e trabalha em Genebra, na Suíça.