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Maura Grimaldi na Residência Utopiana [CH]

Suíça — Residências

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Maura Grimaldi
Utopiana

Maura Grimaldi [BR] se inspira no campo da geologia e na observação da vida e do tempo das rochas. Durante sua residência na Utopiana [CH], a artista e pesquisadora compilou reflexões sobre as ciências naturais e sobre a esfera das investigações pseudocientíficas e mágicas.

Baseando sua pesquisa na teoria Stone-Tape (fita de pedra) – segundo a qual elementos da natureza, como as rochas, seriam capazes de gravar emoções e pensamentos, assim como um gravador de áudio pode registrar sons –, ela procurou uma abordagem polissêmica das pedras, prestando atenção às formas como elas eram representadas na literatura e nas artes visuais em diferentes épocas.

Maura se aprofundou em estudos etéreo e ambientalistas, novos materialismos, pós-humanismo e arqueologia da mídia (e geologia da mídia) para questionar os atuais modelos econômicos e sociais que legitimam a exploração de certos corpos (sendo corpos aqui, entendidos de forma ampla).

Em colaboração com a cineasta Patrícia Black, Maura emprestou conceitos da geologia – tais como blocos erráticos, desconformidade, inconformidade, sedimentação, rocha-mãe e metamorfismo, entre muitos outros – para criar, aos poucos, como pedras, uma ficção que mistura imagens captadas em filme de 16mm, fotografias de 135mm, textos e desenhos, onde a materialidade de cada linguagem é relevante para refletir sobre a narrativa.

Um projeto audiovisual foi iniciado durante esse processo, e levou ao vídeo-ensaio «saxa loquuntur», que toca em conceitos das ciências naturais para abordar os movimentos migratórios e as analogias entre corpos humanos e rochosos.

«saxa loqquntur», vídeo-ensaio de Maura Grimaldi
SOBRE A ARTISTA

Maura Grimaldi [BR] trabalha como artista e pesquisadora. Sua prática pode ser analisada a partir de três pontos gerais principais, como ela explica: “A imagem como uma experiência mágica e reveladora; sua ontologia; e os dispositivos e processos técnicos que estão envolvidos em sua concepção, produção e reprodução”. O interesse de Maura está em assuntos como a fantasmagoria, o invisível, as tecnologias fotográficas já obsoletas, e os dispositivos relacionados com a experiência imersiva da contemplação das imagens. Através de suas recentes experiências com filmes 16mm, ela também está levando em consideração temas como telepatia, posse, influência, hipnose, dispersão e não vigilância/não vigília, para pensar sobre outras relações de corpo e percepção.

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