«Pedro Wirz – Viagem de pesquisa a Altamira»
Brasil — Viagens de pesquisa
Desde a década de 1970, a cidade de Altamira, que fica às margens do rio Xingu, passou por imensas transformações. Inicialmente pela construção da Rodovia Transamazônica e, mais tarde, devido a construção da imensa barragem de Belo Monte. Os planos para a barragem começaram em 1975, mas logo foram arquivados por terem gerado controvérsias, sendo revistos no final dos anos 1990. Na década de 2000, a barragem foi reprojetada, mas enfrentou nova polêmica.
Em dezembro de 2020, o artista brasileiro Pedro Wirz fez uma viagem de pesquisa a Altamira, em uma região da Floresta Amazônica conhecida como Volta Grande do Xingu, localizada no estado do Pará, no norte do Brasil. Inspirado na história cultural, na ciência, no artesanato e no folclore, o artista mergulhou nos problemas relacionados aos conflitos étnicos e à degradação ambiental da região – mais especificamente aqueles relacionados à construção da barragem de Belo Monte (anteriormente conhecida como Kararaô), localizada na parte norte do rio Xingu. Pedro visitou inúmeras comunidades indígenas e ribeirinhas da região, estudando e documentando os diferentes biomas da área e como estes são afetados e degradados pela influência humana.

A viagem de pesquisa apoiada pela Pro Helvetia, no contexto de seu programa sul-americano COINCIDÊNCIA, teve como objetivo fomentar questões relacionadas à exposição individual do artista no Kunsthalle Basel em 2021, durante o Festival CultureScapes.
sobre Pedro Wirz
Pedro Wirz inspira-se na história cultural, na ciência, no artesanato e também no folclore. Ele nasceu em 1981, em São Paulo, e mora em Zurique. Em 2021, o artista terá uma exposição individual no Kunsthalle Basel. Trabalhos solo exibidos recentemente incluem: Termite Terminators, de Marc Selwyn (Los Angeles, 2020); Sour Ground, de Kai Matsumiya (Nova York, 2020); Verwachsen, da Galerie Nagel Draxler (Berlim, 2019); A Curbing Wall of Debris\Nesting, do Centre Culturel Suisse (Paris, 2019); A Curbing Wall of Debris\Landfilling, de Kunsthaus Langenthal (2019); Terra Quente, de LongTang (Zürich, 2019) e Fábula, Frisson, Melancolia, do Instituto Tomie Ohtake (São Paulo, 2017). Além disso, Pedro Wirz participou de várias exposições coletivas, em espaços como Aargauer Kunsthaus (2019); Centre Pasquart (2018); Blank Projects (Cidade do Cabo, 2018); Tinguely Museum (Basileia, 2016); CCS Bard Hessel Museum of Art (Nova York, 2015); Künstlerhaus Stuttgart (2013); Dortmunder Kunstverein (2013); Palais de Tokyo (Paris, 2013) e Kunsthalle Basel (2011).