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«Spelling Desire» – Viagem de pesquisa de Beatriz Lemos à Suíça

Suíça — Viagens de pesquisa

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Lastro

Em 2020, integrantes da Lastro, plataforma baseada na colaboração, autonomia e pensamento crítico na arte, buscavam aprofundar suas pesquisas artísticas em torno do desejo racializado e dissidente, enquanto refletiam sobre temas que afloravam naquele momento: o trânsito entre subjetividades no Brasil e na Suíça (onde alguns membros residem); o contexto pandêmico, em que pairavam o medo e a iminência da morte; e a linguagem não dita como desafio à tecnologia do encontro.

Essas discussões levaram a «Spelling Desire», um projeto entre o Brasil e a Suíça, com curadoria e organização de Beatriz Lemos [BR] e Jonas Van [BR/CH]. Durante o programa, um grupo de artistas e curadores refletiu sobre as transmutações de linguagem e a criação de vocabulário como exercícios radicais de desejo. Eles se debruçavam sobre questões como: O que aconteceria se o desejo operasse apenas com o imprevisível? Ou se entendêssemos a mutabilidade inerente da natureza como seu limite inegociável? Ou se fôssemos imbuídos a acreditar no lançamento de feitiços como uma prática de retomada e restituição?

“A partir dessa experiência, foi possível vislumbrar processos de criação à distância e trocas profundas sobre a dimensão da vida presente no verbo DESEJAR”, explica Beatriz.

A primeira ativação ocorreu por meio de um programa online, em 2021, com residências, conversas e um site que reuniu alguns trabalhos desenvolvidos nesse período. Posteriormente, o projeto foi desdobrado em um formato presencial, incluindo uma viagem de pesquisa de Beatriz, em maio de 2023, para visitar ateliês de artistas suíços e residentes no país com vistas a uma exposição futura, a ser realizada tanto no Brasil quanto na Suíça.

“Se nosso início foi baseado no entendimento de que o desejo nunca será neutro e que todo gesto carrega um feitiço, a continuidade do projeto com um momento de pesquisa e exposição parece mais do que necessária para aprofundar essas ideias. Agora com a potência do corpo em trânsito, o corpo em deslocamento de contextos, climas e paisagens”, diz Beatriz.

“A experiência dessas três semanas na Suíça foi intensa, com muito trabalho e reflexões sobre os argumentos conceituais que nortearão a exposição. A partir da rede de contatos e indicações que pude elaborar, conheci o panorama de artistas dissidentes imigrantes, racializados e transgêneros em residência na Suíça, o que foi fundamental para as escolhas das participações para a futura etapa do projeto.”

SOBRE

Beatriz Lemos em Genebra, março de 2023

Beatriz Lemos [BR] trabalha com curadoria e pesquisa e é responsável pela concepção e direção da plataforma Lastro – Intercâmbios Livres em Arte. A partir de perspectivas contra-hegemônicas, trabalha na condução e articulação de processos de criação e aprendizagem em rede e transdisciplinares. Entre 2015 e 2016, foi Curadora Visitante na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (RJ), desenvolvendo as bases atuais da Biblioteca|Centro de Documentação e Pesquisa da EAV. Em 2015, realizou a residência Lastro Centroamérica, com artistas e curadores brasileiros, entre Panamá, Costa Rica, Guatemala e México, resultando na exposição «Lastro em campo: percursos ancestrais e cotidianos», no Sesc Consolação (SP), em 2016. Fez parte da comissão curadora do 20º Festival de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil (2017) e da Bolsa Pampulha (2018/2019), e coordenou a residência artística Travessias Ocultas – Lastro Bolívia, que se desdobrou em uma exposição no Sesc Bom Retiro (SP, 2016/2017). De 2019 a 2021, fez parte da equipe curatorial da 3ª Trienal de Artes – Frestas (Sorocaba, SP). Atualmente é curadora adjunta do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM).

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