«Un kilómetro de conocimientos invisibles», Ingrid Wildi Merino
Chile, Suíça — Eventos
De 10 de agosto a 6 de outubro de 2019, foi apresentado no Matucana 100 em Santiago, Chile, «Un kilómetro de conocimientos invisibles» (Um quilômetro de conhecimentos invisíveis), da artista suíça-chilena, pesquisadora e curadora Ingrid Wildi. A exposição analisa criticamente a modernidade e a colonialidade, principalmente em relação a seus resultados e efeitos atuais sobre o ser humano, a sociedade e a natureza, agrupando projetos que a artista realizou em seus 30 anos de carreira e também produções novas.
O título da exposição refere-se a uma biblioteca criada para reunir livros sobre o pensamento decolonial, além de filmes e produções fotográficas de Ingrid Wildi. A instalação, como um todo, foi definida com base nas perspectivas dos autores decoloniais que desenvolvem revisões históricas sobre questões epistemológicas, estéticas, teóricas e da vida cotidiana. Essas ideias divergem das representações hegemônicas e questionam a concepção do pensamento universal.
O trabalho de Ingrid Wildi Merino pode ser entendido como uma prática de habitar fronteiras, um lugar que não tem uma única história, mas sim, milhares, e onde ocorrem intertextualidades e misturas transhistóricas. Para criar essas conexões, a exposição incluiu a criação de diferentes práticas e suportes, como palestras e seminários organizados em colaboração com acadêmicos, estudantes e artistas.
Ingrid Wildi Merino (Santiago, Chile, 1963), vive e trabalha em Santiago, Chile. Após emigrar para a Suíça em 1981, Ingrid estudou na Escola Superior de Artes de Zurique e concluiu uma pós-graduação em Artes Visuais na Universidade de Genebra. Desde 2005, leciona na Universidade de Arte e Design de Genebra e, desde 2009, é professora de práticas cênicas e cultura visual na Universidade de Alcalá de Henares, em colaboração com o Centro de Estudos do Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia, em Madrid, Espanha. Desde 1992, a artista tem sido convidada a expor seu trabalho em diferentes países e, em 2005, foi convidada a representar a Suíça no pavilhão suíço da 51ª Bienal de Veneza.