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Enquanto fotógrafo, Alfio Tommasini [CH] tem um interesse especial na relação das pessoas com o território em que vivem. Nos meses de novembro e dezembro de 2022, o artista e diretor do Verzasca Foto Festival [CH] realizou uma viagem de pesquisa pela região andina.
Percorrendo Peru, Bolívia e Equador, ele se reuniu com vários artistas locais e visitou espaços culturais. Também realizou revisões de portfólio e aprendeu sobre o cenário artístico e as paisagens desses países.
“Eu descreveria esse projeto como uma oportunidade de crescimento humano e pessoal. Os artistas que conheci me mostraram apreço por poderem compartilhar, confrontar e me mostrar seus projetos. As discussões sobre possíveis colaborações com projetos de residência artística foram muito estimulantes. Gostaria de enfatizar o desejo daqueles organizando atividades culturais de trabalhar em rede.
Como eu esperava, vi muito estímulo criativo. Acredito que, especialmente na Bolívia e no Equador, eles estão em um momento importante em relação à emancipação da fotografia autoral (no Peru, esse processo já está em andamento há alguns anos).
As mulheres fotógrafas também se mostraram muito ativas e determinadas a transmitir suas mensagens por meio de imagens. Gostaria de enfatizar que os encontros que tive nunca foram apressados, com tempo para ouvir e uma abertura para a descoberta. Isso me permitiu conhecer outros aspectos do contexto dos artistas, seja em relação ao território, à política ou à história. Graças a uma rede de apoio mútuo entre os artistas, pude descobrir e conhecer mais pessoas e visitar mais lugares do que eu imaginava”, conta o fotógrafo.
A experiência deve levar a futuros projetos e colaborações, e Alfio planeja expor alguns dos artistas que conheceu no Verzasca Foto Festival.
SOBRE
Alfio Tommasini [CH] nasceu em Lodano, um pequeno vilarejo ao sul dos Alpes suíços. Depois de anos de trabalho e estudo no exterior (Grã-Bretanha, México, América Central e um mestrado em fotografia documental em Madri, na Espanha), ele retornou ao Ticino, levado por seu amor pelas montanhas e rios de sua terra. Recebeu prêmios como a medalha de bronze no Sony World Photography Awards (questões contemporâneas), o primeiro prêmio da Phodar Biennal (Bulgária), o primeiro prêmio do festival internacional Emergentes Encontros da Imagem (Portugal), foi finalista do Prix Photoforum Pasquart (Suíça) e o Head On Photo Awards (Austrália). Em 2013, cofundou o Verzasca Foto Festival, no qual é responsável pela direção artística e curadoria das exposições. O livro de seu projeto «Via Lactea» foi lançado pela Edition Patrick Frey em Zurique.
